quinta-feira, 26 de março de 2015

MEUS 30 BANAIS...

 
 
 
Ficou lá, metade num século que passou e a outra metade no século que estou, 30 anos e o tempo quase não passou, o tempo claro que mudou. 3 décadas atravessadas por 4, matemática confusa, matemática sem necessidade alguma essa que agora estou. Hoje não me sinto mais velho, hoje, jamais me sentirei mais belo, jamais serei como ontem nem diferente de como serei amanhã.
Na teoria desgastante não praticarei desejos de impulsos, não tentarei cortar meus pulsos, na teoria irrelevante seguirei na prática adiante. Hoje as palavras não estão sendo minhas companheiras, me perdendo ao escrever aqui estou, escrevendo como se estivesse em dívida com o Blog, estamos numa fase de tempo, um dando tempo ao outro, se está sendo bom não sei, porém algumas coisas estão nos afastando, o acesso ao virtual vem sendo um dos maiores motivos, e vem sendo em uma boa hora.
 
(***)
 
As coisas sempre acontecem de um modo diferente comigo, isso num modo geral mesmo, as coisas rolam e rolam, as vezes até embolam e me enrolam, seguir uma ordem, uma meta, um conselho as vezes me faz parecer um "outro eu", me sinto preso a liberdade, me sinto livre entre paredes, me sinto livre dentro de mim, mas o foda é de dentro de mim mesmo eu não poder sair.
 
30 anos, 29,28... entre isso tanto mudou, tanto aconteceu, tanto amadureceu, em momentos o coração até endureceu, normal. Cada destino a seguir te leva a determinado local, tanto físico ou emocional.
Até pensei em a mim mesmo hoje parabenizar, mas pensei: Parabéns pelo que?
 
 
 
(***)
 
Meus 30 banais...
 
 
Datas, nomes e desânimos,
medos, coragens e vexames,
dias, noites e aventuras
misturas de tudo, viagens sem rumos.
 
Dores, prazeres e lagrimas
sorrisos, olhares e cegueira
diversos momentos passados
passados presentes esquecidos.
 
Num vácuo completo me acho
num vácuo repleto de tudo me perco
um vácuo não me prendo, me "vivo"
vivo mantenho-me evacuado.
 
 
Dois séculos, quarto décadas
30 anos, muitos enganos
dois meses uma certeza:
o tempo te promove surpresas.
 
Meus medos estão sempre morrendo
meus inimigos estão sempre rondando
meus desejos sempre me enganam,
desejo apenas não mais desejar.
 
Cansados meus olhos as vezes choram
felizes depois os mesmos brilham
meu sorriso amarelo não é triste
meu sorriso amarelo é nicotina.
 
Minhas palavras matam e morrem
minhas atitudes nem se quer nascem,
meus impulsos sempre me consomem
meus dedos quase sempre me sugam.
 
Meus 30 EUS, meus 30 anos
meus 30 tons de uma só cor
meus dias iguais a 30 anos
meus 30 tudo do que nada quase sou.
 
MEUS tudo ou nada eternos
meus "quases" sempre sinceros,
meus 30 sei lá o quê...
vida aos 30 é o mesmo que quase nascer.
 
 
José Mabson
27/03/2015 
 




quinta-feira, 12 de março de 2015

HOJE TARDE AINDA ERA CEDO



Passando por várias situações pra tentar me situar é que vou descobrindo que nada adianta programar, mas podemos progrdir sem ser preciso agredir e muito menos sem ser preciso fingir pra agradar. Os dias recentes estão sendo de uma importância mutua, de um aprendizado no qual o aluno está sendo minha "paciência", pensar antes de agir nunca foi meu forte, mas também só pensar e nadaa fazer não faz meu estilo, ando agindo e pensando antes/durante e no depois depois eu vejo...

Hoje vejo que das vezes que me senti no chão é por que eu mesmo me deixei cair, deixei que me derrubassem, normal isso acontecer quando não se tem foco e objetivo em algo, normal isso acontecer quando você não consegue ser egoista, normal que te virem as costas e te ignorem quando você passa a se valorizar e não mais baixar sua cabeça e obedecer.

Meus focos sempre existiram, meus objetivos sempre existiram, mas hoje eles são prioridades, hoje eles serão o meu ontem e o meu amanhã mesmo que o amanhã não exista.


(***)



HOJE TARDE AINDA ERA CEDO




E a pele já flácida, enrugando
os olhos já embaralham as imagens
passa a ser turva a visão
a textura da pele já mudou.

Os primeiros erros ja foram
os novos as vezes se repetem
por inocência ou impaciência
os erros sempre virão.

A pele, visão, coordenação
tudo muda, tudo incomoda
como se nunca houvesse dado prazer
injustiça lamentar o que passou.


O tempo não espera, te leva
leve com ele seus medos
não me espere, nada espere
o tempo é só meu concorrente.

Mesmo envelhecendo cada dia mais jovem,
jovem continuo sendo o mesmo velho eu
mesmo que passando as vezes pare
jamais irei parar, jamais pra trás irei olhar.


Mesmo que mesmo com tudo isso assim
fico sempre indo, voltando, fico sorrindo
mesmo que por dentro chorando
mesmo que por dentro me partindo
seguirei sempre me renovando.






José Mabson
12/03/2015