Ando só, é uma letra do Humberto Gessinger gravada no disco Várias Variáveis ainda com a banda Engenheiros do Hawaii, letra essa que a cada vez que escuto me identifico mais e sempre a vejo diferente ao ouvir.
Ando só, pois só eu sei andar...
Hoje maior parte do mundo comemora o dígito de mais um ano mudando, a mesma ladainha de que amanhã tudo começará perfeito, que o amanhã será o começo de uma nova etapa de realizações. Me faz perguntar: porque o ano que vem sempre tem mais valor do que o que está acabando? O ano que passou foi tão desejado e agora é tão desprezado. Isso acontece quando temos alguém e achamos que será um amor pra vida toda, até surgir outra pessoa e nos confundir, nos atrair como uma coisa melhor, como uma solução pra tudo. Então nós nos pegamos desvalorizando o que nos fez bem, o que nos fez crescer, (mesmo que em experiência) nós nos desatamos de laços em busca de liberdades e acabamos presos em nós de nós mesmo.
(desate o nó que te prendeu a uma pessoa que nunca te mereceu)
(Ando só, não estou plagiando o Humberto, pelo contrário, em ando só ele me definiu)
Hoje, amanhã, você, eu, ninguém deixará de ser quem é ou ter mais forças por conta da mudança de um dígito, amanhã é quinta-feira, dia 1 de janeiro de 2015, hoje, amanhã, a vida será vivida...
Conheci pessoas maravilhosas, me afastei de outras, fiquei longe de quem amo, fiquei perto de quem amo e aprendi em pouco tempo a amar, a vida é isso, independente de uma data coisas acontecem e ficam pra sempre na gente, coisas boas e ruins. A quem se prende ao hábito de ouvir desejos de um próspero ano novo então aqui desejo as tais pessoas essas felicitações. Datas e nomes sempre irão estar ao nosso lado onde quer que estejamos e com quem estejamos. Hoje estou só, mas dentro de mim está transbordando de pessoas a quem quero bem e não deixarei de querer nunca.
(***)
Ando só
Por onde só sempre andei
Em meu peito sempre algo estava
Me acompanhando ou conduzindo
Me somando ou reduzindo.
Por onde não fui ainda irei
De malas cheias de amores
Mesmo achando novos
Os velhos se renovam, aumentam.
Por onde andei sem sair daqui
Trouxe comigo até cicatrizes
Trouxe até carinhos
Trouxe até caminhos perdidos.
Sempre só não me agrada andar
Mas não me prende,
Sempre só não acho meu lugar
Nem me faz querer parar.
Sempre só me escondo, mostro
Sempre só me mostro ao oculto
Me perco achando o lado bruto
Me apaixono ao meu ego curto.
Sempre só, nunca sozinho
Sozinho sempre andando só,
Amanhã tem 24 horas pra me guiar
Hoje me resta esperar
A noite terminar.
(***)
Feliz até amanhã a todos...
José mabson
31/12/2014












